Uma das preocupações do Salão do Livro do Piauí- Salipi é garantir a acessibilidade durante as palestras e atividades. O trabalho de inclusão, que vem sendo trabalhado a cada edição, se reflete no número de surdos participando da organização do evento.
“Boa parte dos voluntários é formada por surdos que conhecem a Língua Brasileira de Sinais e auxiliam as crianças surdas que visitam o evento”, explicou Edilva Barbosa, diretora administrativa da Fundação Quixote, entidade que junto à UFPI organiza o Salão.
“Somando a equipe de apoio Libras temos 50 pessoas participando. No próximo Salipi esperamos aumentar ainda mais esse número”, completou.
Garantindo ainda mais a inclusão, diversos intérpretes de libras se revezam por espaços do Salão com o objetivo de mapear surdos que estejam na plateia para que haja a tradução do que está sendo discutido.
Cadeirantes também participam do Salipi. Visitando o evento pela primeira vez, o jovem cadeirante Matheus Henrique, de 20 anos, estava acompanhado dos pais. “Achamos tudo tranquilo aqui no Salão. Os corredores são bem espaçosos, está dando para conhecer todos os espaços”, comemorou Luciana Sousa, mãe de Matheus.
“Com a incorporação de surdos no evento, bem como de intérprete de libras, tiramos uma lição: precisamos aprender Libras”, explicou o Prof. Kássio Gomes, Presidente da Fundação Quixote.
